Djibouti ou Djibuti é um pequeno país (cerca de 23 mil km2) localizado na parte leste do continente africano. Fazendo fronteira com Somália (Somaliland), Etiópia e Eritréia, está situado na margem ocidental do Golfo de Aden, o que dá ao país uma localização estratégica: única passagem entre o oceano ?ndico e o Mediterrâneo. O golfo, o Mar Vermelho e o Canal de Suez ligam o oceano ?ndico e o Mar Mediterrâneo e contribuem para que a capital do país, também chamada Djibouti, seja um porto importante.
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Mesmo sendo um importante porto, Djibuti é um país extremamente pobre, quase sem recursos naturais e com uma árida planície, que se estende ao longo da costa. Mais para o interior, há uma cadeia de montanhas. O país, que já foi chamado de vale do inferno, tem um dos climas mais quentes e secos do mundo. O que faz com que seu pequeno território? também não seja popupoloso, tendo menos de 800 mil habitantes, com a maior parte dela concentrada na capital do país.
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O país é composto basicamente por 2 grupos étnicos distintos, os afares, oriundos da Etiópia, e os issas, originários da Somália. As diferenças entre esses 2 grupos tem criado muitos conflitos no país.
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HIST?RIA
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A região atualmente ocupada por Djibuti é habitada desde os tempos pré-históricos. Durante o séc. IX, missionários árabes converteram ao Islã os afares que habitavam a região. Os afares, então, estabeleceram vários Estados islâmicos que, do séc. XIII a início do séc. XVII, travaram uma série de guerras com a Etiópia cristã. No séc. XIX, os issas se apoderaram de grande parte das pastagens dos afares, o que contribuiu para aumentar a hostilidade entre os dois grupos.
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Em 1862, a França comprou o porto afar, de Obock, e alí estabeleceu um depósito de carvão para abastecer seus navios. Em 1884, a França assinou acordos com os sultões afares de Obock e das vizinhanças de Tadjura. Em 1888, ocupou a área desabitada que finalmente se tornou a cidade de Djibouti. A seguir, unificou várias pequenas possessões da área em um único território e o chamou de Somália Francesa.
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Os franceses desenvolveram boas relações com o imperador da Etiópia, Menelik II, que lhes entregou a construção de uma estrada de ferro entre a capital da Etiópia, Adis-Abeba, e a cidade de Djibuti. Em 1897, o imperador fez de Djibouti porto oficial do comércio etíope. A cidade cresceu rapidamente durante os anos que se seguiram, mas no resto do território o desenvolvimento foi muito pequeno.
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Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, os issas e alguns outros grupos da Somália Francesa começaram a reivindicar independência da França. Os franceses, porém, mantiveram esses grupos sob controle. Mesmo com a oposição dos issas, o território decidiu por votação, em 1958, entrar para a Comunidade Francesa, uma associação econômica e cultural constituída pela França e seus territórios de ultramar.
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Em 1967, a Somália Francesa decidiu manter-se associada à França e passou a se chamar Território Francês dos Afares e Issas. Contudo, a oposição ao domínio francês cresceu durante a década de 1970, quando a população issa aumentou rapidamente. Em maio de 1977, a maior parte da população votou a favor da independência. Assim, em 27 de junho de 1977, o território tornou-se a nação independente de Djibouti. O país elegeu Hassan Gouled Aptidon, da etnia issa, como presidente. Grupos da etnia afar desafiaram o governo de Aptidon na década de 1980.
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No início dos anos 1990, a parte norte do país foi ocupada por tropas da Frente pela Restauração da Unidade e da Democracia (Frud), uma organização de grupos rebeldes afares. Em 1994, uma parte da Frud continuou na luta armada, mas outra entrou em negociações com o governo. Dois anos depois, a Frud tornou-se um partido. Em 1997, esta formou uma aliança com a União Popular pelo Progresso (RPP), governista, e juntas conquistaram todas as cadeiras do Parlamento.
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Em 1999, Ismael Omar Guelleh, da RPP, tornou-se presidente. Em 2001, Dileita Mohamed Dileita assumiu o cargo de primeiro-ministro. Em 2002, o conselho de ministros aprovou a reserva de 10%, no mínimo, das vagas na Assembléia Nacional para mulheres. Nas eleições legislativas de janeiro de 2003, a coligação do presidente Guelleh e do primeiro-ministro Dileita, mais uma vez, conquistou todas as cadeiras. Em 2003, o governo permitiu a instalação de bases militares norte-americanas no país.
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Em 2004, o Djibuti iniciou a expulsão de 100 mil imigrantes ilegais e refugiados de países vizinhos, especialmente da Somália e da Etiópia. No entanto, a entrada de refugiados, especialmente da Somália, tem apenas crescido nos últimos anos.
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